Era Dezembro e o Natal se aproximava.
Eu andava por uma rua comercial quando deparei com a vitrine de uma loja, onde dois vestidos estavam colocados em destaque, de forma a chamar a atenção de quem passasse.
Parei e olhei-os por longo tempo. Pareciam feitos para mim.
Combinavam com meu gosto, com meu porte e até com os complementos que eu já possuía. Com estes dois vestidos o meu guarda-roupa estaria completo... e eu bem que estava precisando sentir-me bonita. Entretanto, não podia comprá-los. Pelo menos, não naquele momento.
Ainda assim, arrisquei entrar na loja e perguntar o preço, afinal, quem sabe eu pudesse adquirir em parcelas, pelo menos um deles. Mas quando a vendedora informou-me o preço, eu soube que não poderia comprá-los em tempo algum.Eram caríssimos.
Saí da loja desapontada, olhando os vestidos com fascinação e segui como se deixasse para trás um pedacinho de mim.
O tempo passou. Na verdade, dois exatos anos e portanto era Natal novamente.
Passava eu pela mesma rua e reparei que naquela tal loja não havia mais roupas, porém artigos para escritório e material escolar.
Entrei então para comprar um caderno de anotações e enquanto o fazia,olhei distraidamente para o escritório do proprietário que ficava num cômodo ao fundo.
Ao lado dele, amontoavam-se alguns pacotes e deviam estar ali há tanto tempo,que alguns já estavam rasgados.
Vi então algo que me chamou a atenção: através do rasgo de um dos pacotes, aparecia um tecido com listras que me pareceu agradável e familiar.
Não resistindo à curiosidade, perguntei à balconista o que continham aqueles velhos pacotes empoeirados e ouvi a seguinte resposta:
- Quando liquidamos a loja de roupas para transformá-la em papelaria, sobraram algumas peças e estão aí empacotadas, criando poeira. Hoje mesmo o Sr.João vai dar fim nelas.
- Você se importa de me mostrar aquele pacote rasgado? - perguntei eu, hesitante.
Meio contrafeita por ter que meter a mão na poeira, a balconista pegou o pacote e o abriu.
Para minha surpresa,lá estavam os vestidos! Não só aquele de listras, mas também o outro, aquele azul-marinho clássico que há dois anos atrás haviam deslumbrado meus olhos.
É bem verdade que estavam empoeirados, amarrotados e até cheirando a mofo, mas ainda assim, eram lindos!
- Gostaria de comprá-los - disse eu à balconista.
- A Sra. quer comprar isto aqui?- perguntou ela perplexa.
E foi ter com o dono da loja que veio sorrindo ao meu encontro.
- Na verdade a Sra. está me fazendo um favor levando isto embora. É todo seu!
Mal podia acreditar...saí de lá direto para a lavanderia e, os meus vestidos depois de passarem pelo toque de mestre de um bom tintureiro, ficaram novos em folha e ainda mais deslumbrantes.
Era Natal, eu me sentia bonita, eu estava feliz porque em minha vida, nenhum outro presente havia me chegado assim, de forma tão inusitada. E eu pude concluir que algumas coisas, definitivamente são nossas. Ninguém pode tirá-las de nós, ainda que tenhamos que esperar por elas.
Concluí também, que o bondoso Noel, tem lá suas maneiras estranhas de nos presentear !
( Fato real ocorrido em dezembro de l989)
(Repasse com os devidos créditos)
Fátima Irene Pinto
Que interessante!
ResponderExcluirGostei mt.
FELIZ NATAL!
Beijo.
isa.
Amiga do meu coração vim com muita alegria te
ResponderExcluirdesejar um Feliz Natal
paz e amor,que venha um lindo
2011 para você amiga com
muita saúde e Prósperidade:)
Obrigada por todo carinho
e atenção que teve por mim.
Beijoss fica com Deus e
até à volta:)
Querida madrinha e afilhada..
ResponderExcluirObrigada pelo seu carinho e amor para comigo no decorrer desse Ano.
Te agradeço por fazer parte da minha vida .
Te agradeço por seu essa pessoa linda que sempre foi comigo.
Que o seu Natal seja coroado das mais lindas luzes reinando a paz entre seus familiares.
Que Jesus esteja presente em seus corações.
Madrinha serei sempre grata a Deus por essa amizade tão linda .
Um Feliz Natal madrinha amada.
TE AMO..TE AMO..RE AMO,afilhada ,Evanir..